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AGRONEGÓCIOS

- Publicada em 22 de Setembro de 2015 às 00:00

Clima ameaça a produtividade e o plantio


ANDRÉ NETTO/ARQUIVO/JC
Jornal do Comércio
Os técnicos agrícolas nem haviam conseguido entrar no campo para avaliar as perdas causadas pela geada quando o excesso de chuvas chegou ao Rio Grande do Sul e trouxe ainda mais preocupação para a agricultura. O clima atípico das últimas semanas pode reduzir a produtividade e a qualidade das culturas de inverno e atrasar o plantio das lavouras de verão. No primeiro caso, o trigo, a aveia, a cevada e a canola são as mais prejudicadas. Enquanto isso, os produtores de milho devem atrasar a semeadura devido ao excesso de umidade.
Os técnicos agrícolas nem haviam conseguido entrar no campo para avaliar as perdas causadas pela geada quando o excesso de chuvas chegou ao Rio Grande do Sul e trouxe ainda mais preocupação para a agricultura. O clima atípico das últimas semanas pode reduzir a produtividade e a qualidade das culturas de inverno e atrasar o plantio das lavouras de verão. No primeiro caso, o trigo, a aveia, a cevada e a canola são as mais prejudicadas. Enquanto isso, os produtores de milho devem atrasar a semeadura devido ao excesso de umidade.
Não é possível, entretanto, avaliar prontamente os prejuízos causados pelo clima adverso, de acordo com o assistente técnico da Emater-RS, Alencar Paulo Rugeri. "A chuva, a geada, o frio e o granizo são todos fenômenos localizados fora da normalidade para a época e, sem dúvida, terão impacto negativo, mas precisaremos de tempo para dimensionar", destaca. O trigo, por exemplo, está em fase de enchimento dos grãos na maior parte da área plantada, sendo que setembro é considerado o mês crítico para o resultado do seu desenvolvimento.
As primeiras lavouras de inverno começam a ser colhidas em outubro. A projeção inicial da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontava para um incremento de 55,7% na produção de trigo, chegando a 2,36 milhões de toneladas. Segundo o último informativo conjuntural da Emater-RS, antes das chuvas dos últimos dias, produtores relatavam perdas de 10% a 15% em lavouras no estágio de granação e de 50% a 60% naquelas que estavam em estágio de floração. "É o mês que define seu tamanho e sua qualidade. Agora, talvez a chuva venha a agravar a situação e trazer perdas nos dois aspectos", explica Rugeri.
O milho, que está com cerca de 40% da área semeada no Rio Grande do Sul, teve danos considerados desuniformes e localizados em função das geadas dos dias 11 e 12 de setembro. O aumento da umidade nos últimos dias deve retardar o plantio na região Noroeste, mas, como a cultura está em fase inicial e não começou a ser implementada na região serrana, os danos à produtividade podem ser recuperados ao longo do ciclo, conforme Rugeri. O feijão tem um caso parecido, pois a nova safra está começando a ser semeada, ainda que o clima venha prejudicando a germinação em regiões de maiores altitudes. Quem também espera para contabilizar as perdas são os produtores de tabaco. De acordo com o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner, 2 mil lavouras foram atingidas pelo granizo da região Sul do País, sendo 1,2 mil delas no Rio Grande do Sul. A estimativa era colher mais de 650 mil toneladas em solo gaúcho, no Paraná e em Santa Catarina. "Com as chuvas dos últimos dias, certamente teremos uma queda de produtividade", lamenta Werner. A esperança de recuperação reside no fato de o plantio ter finalizado, em sua maioria, em meados de setembro. "Esse fumo recém-plantado tem condições, se outubro tiver um período longo de sol, de recuperar a produtividade", completa.
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